A Fiel reservou o domingo pra assistir de camarote o fracasso de seus mais tradicionais rivais.

Já pela manhã, a luminosa visão do Flamengo perdendo para o Vitória, em plena Ilha do Urubu, esse Flamengo que não engrena nas mãos de Zé Ricardo, apesar do seu milionário elenco, e esse Vitória que renasce sob o comando de Mancini, ainda outro dia vitimado injustamente na Chapecoense, que acaba de perder para o Coxa pra desespero maior da torcida tricolor.

À tarde, foi a vez de Palmeiras e São Paulo botarem um sorriso largo nos lábios da Fiel.

Ambos perderam seus respectivos jogos em circunstâncias gêmeas.

O Palmeiras recebeu o Furacão no Parque ensolarado e repleto de torcedores verdes, e, logo aos 18 minutos de partida, Tiago Heleno, tranquilo na área, aproveitou corner cobrado por Guilherme e cumprimentou Prass num meneio de cabeça respeitoso e fatal: 1 a 0, placar definitivo.

Definitivo porque o Palmeiras, apesar de toda a pressão no segundo tempo, depois da entrada de Moisés, o guia da conquista verde no ano passado que havia tempo estava no estaleiro, não conseguiu sequer empatar esse jogo que o afasta ainda mais da disputa pelo bi brasileiro.

É verdade que o Verdão entrou em campo com seu time reserva. Mas, que reservas, meu! Formação de fazer inveja à maioria dos times que estão por aí. Assim como o CAP também jogou com um mistão.

Já o São Paulo foi completinho, em procissão, na esperança de que São Salvador o salvasse da humilhação que o arrasta na zona do rebaixamento. Mas, quem se salvou mesmo foi o Bahêa, axé! Afinal, a Fonte Nova é seu terreiro encantado, embora havia tempos não vencia ali ninguém.

Venceu com dois gols relâmpagos, já no finzinho do primeiro tempo na mesma situação: no primeiro, Rodrigão cruzou pra Régis guardar diante de Renan; no segundo, foi Régis quem serviu Mendoza nas mesmas circunstâncias.

É verdade que o Tricolor paulista reduziu com Hernanes cobrando pênalti do goleiro Jean em Pratto. E até poderia ter empatado se o juiz, o bandeirinha ou o vigia do fundo tivessem assinalado outro pênalti, em Brenner, que teve sua camisa puxada na área pelo beque, já no segundo tempo.

Segundo tempo em que o São Paulo teve pleno domínio da bola, circundou a área baiana, rodou pra cá, rodou pra lá, mas se aprofundar… necas de pitibiribas. Bem que Dorival Jr. tentou aumentar o poder de fogo de seu time com as entradas de Marcos Guilherme e do menino Brenner. Em vão.

E assim a Fiel só franziu o cenho quando recebeu a notícia de que o mistão do Grêmio passou fácil pelo mistão do Galo, e continua a perseguir o Timão, ainda que a boa distância.