
Aos amigos que gostam de decupar os esquemas de jogo em séries que mais se assemelham a números de telefone, como diz sarcasticamente o próprio Guardiola, quero oferecer modesto auxílio com base na goleada por 4 a 0 do Bayern sobre o Stuttgart, placar que deveria ter atingido o paroxismo dadas as chances criadas pelos bávaros. Pra se ter uma vaga ideia, só no primeiro tempo, foram mais de vinte e cinco disparos à meta, coisa de um a cada dois minutos.
Bem, nesse período, imagens colhidas pelo olhar virtual de um drone sobrevoando o estádio de Munique revelariam um esquema insólito. Digamos, algo próximo do 0-0-10. Isso mesmo, pois eram os dez jogadores de linha trabalhando a bola além do círculo central. Nenhuma novidade, posto que assim era com o Barça de Guardiola.
Mas, se o parceirinho quiser dividir o Bayern por estilo e características técnicas de cada um de seus jogadores, então, teremos sua formação num 1-4-5. Sim, porque teríamos um beque de ofício apenas (Boateng), quatro meio campistas (Rafinha, Kimmich, Vidal e Alaba) e cinco atacantes (Robben, Muller, Lewandowisk, Douglas e Coman), embora a escalação apresentada na tela seja bem mais conservadora – um autêntico WM, com três zagueiros (dois laterais e um central), quatro armadores e três atacantes.
Mas, isso tudo, no fim, acaba sendo irrelevante nos times de Guardiola, cujos desenhos táticos se alteram ao rolar da bola como se expressos num caleidoscópio. Ora é assim, ora é assado.
Ainda mais quando o técnico resolve fazer substituições como no segundo tempo, com as entradas do beque Badstuber no lugar do atacante Muller etc.
Isso tudo me remete aos anos 70/80, quando virou moda por aqui utilizar-se o basquete como modelo para o futebol. Pregava-se, então, a aplicação do sistema sanfona no lugar do moribundo 4-3-3 e do nascente 4-4-2. Resumindo: todos atacam quando de posse da bola e todos defendem quando a bichinha é do adversário.
Chegou-se até a se cogitar da transferência do técnico de basquete Cláudio Mortari, em plena evidência à época, das quadras para os campos, o que infelizmente não se realizou.
É ou não o que os desavisados de plantão chamam de futebol moderno todos os dias na tv, na rádio e na chamada mídia impressa?
Meu caro Sr e grandíssimo jornalista e conhecedor de futebol como poucos Alberto Helena Jr,
Sou “novo” 26 anos, mas a muito tempo que não vejo uma equipe com um poder físico, tático, habilidoso e mental tão grande quanto a essa do Bayern München.
Realmente é um “show” a parte mesmo que de um time só, dá gosto de ver esse time bailar em campo.
Mas existe algo que deve ser levado em conta, que são as cifra$, jogadores de alto nível, e um “bom técnico”, digo isto pois ele Pep Guardiola, realmente ganhou tudo que podia, não o (menosprezando), mas equipe é forte, rápida, habilidosa por natureza, então o que conta é a influência e capacidade de gerir os seus comandados, pois convenhamos deixar no banco Lahm, Tiago Alcântara, Xabi Alonso entre outros no banco, fora os lesionados Gotze e Ribéry.
Lembrando que o Barcelona na época dos famosos tiki-taka havia um tal de Messi, Iniesta, Xavi, Eto’o, Henry e por aí vai…
Então fica meu mero e insignificante questionamento será que ele é tão bom quanto dizem?
Um grande abraço a você, e todos da Gazeta em especial para Michelle Giannella.
A resposta do seu questionamento é “Sim”, mas ele não é capaz do levar o Ibis ao titulo mundial.