Os tons de cinza de um Timão de ouro

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

A combinação do branco com o preto resulta no cinza. Pois é cinzento o futebol do Alvinegro, líder invicto do Brasileirão.

Mas, como diz o escritor que inspirou o filme famoso, são cinquenta os tons de cinza. E o futebol alvinegro vai do grafite ao cinza prateado, embora sua campanha extraordinária no Brasileirão seja de ouro em pó.

(Aliás, desconfio que é por essa mistura elementar, sem fulgores, que justifica essa campanha incrível do Timão).

Nesta noite gélida de sábado em Itaquera, o Timão, digamos, foi de um cinza claro, com tons de azul, ao bater o Sport com mais folga do que o habitual.

Sem mudar seu jeito defensivo de ser, o Corinthians, contudo, foi mais fluente ao sair para o ataque, o que lhe permitiu construir um placar significativo para um time que praticamente vive do contragolpe.

Não que o Sport fosse presa fácil. Nada disso. O time do Luxa jogou, criou boas chances para marcar, mas esbarrou na solidez desse time que não se altera ao longo da partida, sejam quais forem as circunstâncias.

Ainda mais quando sai na frente, como ocorreu quando Arana acertou aquele petardo fatal logo no primeiro tempo. E, mal dada a saída para o segundo tempo, coube a Rodriguinho arrancar em direção à meta adversária e disparar no ângulo de Magrão. Golaço! Pouco mais adiante, aos 21 minutos, foi a vez do menino Paulo Henrique concluir de cabeça corner cobrado por Rodriguinho.

Bem que o Sport reduziu com um tiro longo e exato de Alison, já aos 38 minutos, depois e antes de André desperdiçar duas chances claras para marcar.

Assim, o Corinthians encerra o primeiro turno com pontuação inacreditável, mais líder e invicto do que nunca.

5 comentários

  1. É, Alberto, ao que parece…ainda vai longe para perder a invencibilidade!
    Acredito muito que é uma virada no futebol brasileiro, algo que a Alemanha já fez há muito tempo, organização em cada posição no jogo.
    Veja os exemplos dos 19 jogos que rolaram e diga-me, se estou enganado.
    Grande abraço e saudações corinthianas.

  2. O fato mais importante nesta campanha memorável do timão é a disciplina que vem ocorrendo no elenco, visto numero de faltas, cartões amarelos, e cartões vermelhos, tudo isto em decorrência da humildade deste e competência de Fabio Carille.

  3. Caro, Mestre Alberto Helena Junior, apenas uma ressalva o zagueiro do Timão é Pedro Henrique e não Paulo Henrique, fora este pequeno equívoco, texto brilhante.

  4. Mestre Alberto Helena: o zagueiro Pedro Henrique fez o gol de cabeça a partir de escanteio cobrado pelo Clayson e o gol do Esporte foi do Thalisson. Outra coisa: o Timão precisa parar de despencar para poder contrariar o lado “pitonisico” do grande Renato Gaúcho!

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