Que virada, meu Deus!

Foto: Rubens Chiri/SPFC

Antes do jogo, o técnico Dorival Jr. foi de uma sinceridade surpreendente no universo do futebol brasileiro: caberia aos jogadores, em campo, resolverem a questão do ajuste entre si.

Chiii… No início, foi uma lástima! Time desencontrado, submetido a tal pressão do Botafogo que se desenhava no gramado do Nilton Santos uma tragédia.

Eis, porém, que, numa jogada pessoal de Cueva – meteu uma caneta do zagueiro e se aproveitou do vacilo de João Paulo -, o Tricolor abriu a contagem. Mas, nem deu tempo pra celebrar, pois Marcos Vinicius, no ato, empata em passe exato de Pimpão. Pior ainda: desempata, em seguida, numa falha do goleiro Renan, aquele clássico frango da bola que quica antes de enganar o arqueiro.

E olhe que o juiz não viu aquele pênalti claro de Edimar, que cortou com o braço esticado bola cruzada na área tricolor.

No segundo tempo, porém, o São Paulo voltou mais ajustado e de fronte erguida. Sobretudo depois das entradas de Nem e de Marcos Guilherme, que estreava no time, nos lugares de Marcinho e Petros, ambos inconsistentes até então. E, na primeira bola lançada a Nem, pênalti (huuummm…) que Cueva bateu fraco pra defesa de Gatito Fernandes.

Sobreveio, então, o balde de água fria, com o disparo no canto de Guilherme: 3 a 1!

Mas, foi aí que se deu o milagre: em menos de cinco minutos, o São Paulo alcançou a virada espetacular, com Hernanes, que reestreava com  categoria no seu clube de origem, e dois de Marcos Guilherme, outro estreante: 4 a 3.

Não é apenas pela virada inacreditável e justa, diga-se, que esse jogo conta para o resto da temporada. Ela revelou que o Tricolor, pode, sim, arrancar pra longe da zona de rebaixamento, como ainda por cima achar seu time ideal para cumprir campanha mais digna no resto da temporada, armando-se para a próxima com ares de protagonista.

Essas coisas acontecem, meu.

 

 

4 comentários

  1. Mestre Helena, rogo que você, sempre antenado, examine um fato curioso: quando marcam um gol e estão ganhando os jogadores fazem todo aquele circo de beijinho, coraçõezinhos para a camera, turmas dos dedinhos pra cima e minutos perdidos de bola rolando. No entanto quando estão perdendo de muito(o S.Paulo hoje, o barcelona que precisava de 6 gols) pegam correndo a bola e saem em disparada para o próprio campo. No primeiro caso prejudicam o jogo e o adversário, no segundo esquecem dos dedinhos e coraçõezinhos

  2. A respeito dos tais dedinhos, Levir deu uma boa esfregada nos caras no Santos. Eu gostaria muito de ver jogadores umbandistas fazendo alguma ação relacionada à Umbanda para saber se seria tolerada com tanta passividade pelas arbitragens, já que, segundo a FIFA, não são aceitas atitudes e declarações políticas e/ou religiosas em campo.

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